· MELHOR
FILME
O
ARTISTA: Entre os nove indicados, encontra-se filmes de
todo tipo, mas entre tantas várias peculiaridades está o tão comentado filme
mudo e em preto e branco. O Artista tem todo o aspecto de filme vencedor, ótima
produção, ótima direção e ótimas atuações, com certeza, um filme completo, agradável
de assistir, carismático e que prova que, às vezes, o silêncio realmente é
ouro. Esse filme de produção de apenas $15 milhões vem arrebatando prêmios bem
antes da temporada dos grandes prêmios do cinema, ao todo já foram 66
premiações e outras 69 indicações a todo tipo de premiação, mas o que realmente
o torna o grande favorito é por ter simplesmente “arrastado” todos os
principais prêmios de melhor filme, ele levou o Critic’s Choice Award (a
escolha dos críticos) de melhor filme, o Globo de Ouro de melhor comédia e o
BAFTA (que é a premiação inglesa compatível em nível de importância ao Oscar),
sendo assim ficou cada vez mais claro que, também para alegria desse que vos
escreve, “O Artista” levará o prêmio de melhor filme.
· MELHOR
ATOR
JEAN
DUJARDIN por O ARTISTA: O francês que apareceu como
surpresa em Cannes quando levou para casa o prêmio de melhor ator por esse
mesmo filme e como um dos possíveis indicados ao Oscar, hoje chega com força
para levar também o prêmio da Academia. Numa atuação que mistura o ser caricato
dos filmes mudos com a dor e decepção dos dramas atuais, Jean Dujardin encanta.
Com o decorrer do filme, seu personagem muda e o ator faz o mesmo, da
felicidade à tristeza, sempre carismático, o ator emociona quem assiste. Ele
começou a temporada dos grandes prêmios como zebra, como maior honra seu prêmio
em Cannes. George Clooney por “Os Decendentes” despontava como favorito, até
por ter levado o Critic’s Choice Award de melhor ator e o Globo de Ouro de
melhor ator de drama, enquanto Jean Dujardin só tinha levado o Globo de Ouro de
melhor ator de comédia. Mas tudo realmente começou a se decidir a seu favor
quando ele recebeu o SAG (prêmio do sindicato dos atores) de melhor ator e o
BAFTA da mesma categoria. Jean Dujardin chega ao dia 26 de fevereiro como o
grande favorito ao Oscar e, sim, cada vez está mais claro que ele o levará.
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ATRIZ
MERYL
STREEP por A DAMA DE FERRO: O que falar de Meryl Streep,
senão a maior atriz viva, detentora de absurdas 17 indicações ao prêmio, ela se
mostra sempre merecedora com atuações sempre destacantes e tendo levado apenas dois
prêmios entre tantas indicações (melhor atriz coadjuvante de 1979 por “Kramer
VS. Kramer” e melhor atriz 1982 por “A Escolha de Sofia”). Nesse ano ela
aparece como Margaret Thatcher, o filme pode não ser a melhor coisa do mundo,
por seu roteiro estranho e direção confusa, mas quem tem a senhora Streep em
seu elenco, já garante prêmios e um público fiel. Analisando sua atuação, mais
uma vez, ela está incrível, tudo assombra, desde o andar à força de seu olhar.
O prêmio de melhor atriz é o que provou estar na disputa mais acirrada.
Considero Meryl a favorita, mas por pouca vantagem, ela levou o Globo de Ouro
de melhor atriz e O BAFTA da mesma categoria, enquanto sua mais forte oponente
e grande amiga, Viola Davis por “Histórias Cruzadas”, levou o Critic’s Choice
Award e o SAG de melhor atriz. Com certeza é a disputa mais efervescente desse
ano, não seria um surpresa Viola Davis levar, já que também está impecável, mas
há tempos a incrível Meryl merece receber seu 3º Oscar e, me parece, que muitos
membros da Academia pensam o mesmo.
· MELHOR
ATOR COAJUVANTE
CHRISTOPHER
PLUMMER por TODA FORMA DE AMOR: Já ficou claro nesse
blog toda a consideração que tenho por esse filme e ele não sairá do Kodak
Theatre sem nada. O filme é realmente belo e as atuações são marcantes, mas
quando o coadjuvante rouba a cena é sempre interessante e isso ocorre em “Toda
Forma de Amor”. Plummer teve seu reconhecimento só depois de idoso, essa é
apenas sua segunda indicação estando aos 82 anos. O pai ancião e gay em estado
terminal parece não ter agradado somente a mim, mas também a muitos amantes do
cinema, atuação singela e provocadora de lágrimas (isso é certo). Seus rivais
também estão ótimos, como Nick Nolte em “Guerreiro” e Kenneth Branagh por “Sete
Dias com Marilyn, mas com pura certeza o Oscar já é dele, ele recebeu 15 prêmios
por esse papel, incluindo o Globo de Ouro, o Critic’s Choice Award, o SAG e o
BAFTA. Nada mal então, estrela de cinema em plena melhor idade.
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ATRIZ COADJUAVANTE
OCTAVIA
SPENCER por HISTÓRIAS CRUZADAS: Octavia sempre fez
papéis de coadjuvante no cinema, mas não eram coajuvantes como a Minny de
“Histórias Cruzadas”, seus papéis foram aqueles terciários ou quaternários,
aqueles que se diferenciam dos figurantes por uma ou duas falas. Constantemente
fazendo comédia, ela trouxe essa comicidade ao personagem. Minny sabe ser
mandona e doce ao mesmo tempo, personagem de grande personalidade, que mostra
que a atriz também a tenha, o trabalho não é fácil, mas ela leva com exuberância.
Octavia Spencer ganhou o papel por ser amiga de Tate Taylor, o diretor do
filme, e junto com um papel uma passagem para um futuro grandioso e, porque
não, um Oscar. Adoro a atriz de “O Artista” Bérénice Bejo, seria a minha
favorita, mas como Octavia levou todos os grandes prêmios (os mesmos de Christopher
Plummer), não há mais uma disputa e sim uma certeza. Prêmio merecido.
· MELHOR
DIRETOR
MICHEL
HAZANAVICIUS por O ARTISTA: O prêmio de melhor diretor não
foge ao de melhor filme e mostra-se que isso não mudará esse ano. Duvido alguém
que realmente conhecia Michel antes de “O Artista”, ele então se apresentou.
Tem que ser muito capaz para acreditar num projeto tão ambicioso como fazer um
filme mudo em plena era tecnológica e ele mostrou ser bastante capaz. Direção
conduzida tão bem que lembra muito os filmes de antigamente, ajudado por um
ótima edição, fotografia e direção de arte, o trabalho é de mestre, algumas
cenas, como a perto do fim, onde George Valentin volta ao seu apartamento, são
realmente incríveis. Ele levou tudo que foi possível com exceção do Globo de
Ouro que foi para Scorcese, mas para se sagra o grande favorito, levou o mais
importante, o DGA, prêmio do sindicato dos diretores. Então, mais um prêmio
para “O Artista”.
· MELHOR
ROTEIRO ORIGINAL
WOODY
ALLEN por MEIA-NOITE EM PARIS: Todos os cinco
roteiros são ótimos, mas ampla vantagem para o Woody, ele já tem outros 3
prêmios, mas continua sem se importar com o Oscar. Roteiro que mostra a tão
amada Paris de Woody e que te leva (mesmo depois do filme) a querer conhecer
mais sobre grandes personagens da história. O Artista ainda tem uma pequena
esperança, mas “Meia-Noite em Paris” é o grande favorito até porque levou o
prêmio de melhor roteiro original do sindicato dos roteiristas (WGA).
· MELHOR
ROTEIRO ADAPTADO
BRIDGET O'CONNOR e PETER STRAUGHAN por O
ESPIÃO QUE SABIA DEMAIS: Roteiro
adaptado é sempre uma atração a parte. A dificuldade de se transformar grandes
obras em roteiros do mesmo nível de competência é incrivelmente difícil e os
cincos são grandiosos, dos inteligentes aos mais simples e doces. Essa
categoria ainda está parcialmente indefinida, como favorito coloco “O Espião
que Sabia Demais”, um dos roteiros mais completo e complexo dos últimos anos,
esse levou o BAFTA de roteiro adaptado, mas a decisão ainda fica um pouco
incerta porque seu mais forte concorrente é “Os Descendentes” do diretor e
roteirista Alexander Payne; Payne e seu outros dois parceiros levaram o WGA de
melhor roteiro adaptado. Mas ainda sim acredito na vitória do filme britânico e
uma premiação póstuma (Bridget O’Connor) é sempre honrosa.
Outras categorias:
· Melhor Animação: “Rango” – vencedor do Critc’s Choice Award e do BAFTA
de melhor animação; vencedor do Annie Award (premiação das animações) de melhor
filme. Vitória certa, já que “As Aventuras de Tintin” nem ao menos foi indicado
na categoria.
· Melhor Fotografia: Emmanuel Lubezki por “A
Árvore da Vida” – grande favorito,
vencedor do Critc’s Choice Award da categoria e de outras 16 premiações entre
18 indicações, incluindo o Oscar.
· Melhor Direção de Arte: Francesca Lo Schiavo
e Dante Ferretti
por “A Invenção de Hugo Cabret” – O mágico filme de Scorcese sobressai nas categorias técnicas. Vitória
certa já que o filme levou o BAFTA e o Critc’s Choice Award da categoria, além
do prêmio que definiria que é o prêmio do sindicato dos diretores de arte.
· Melhor Trilha Sonora: Ludovic Bource por “O
Artista” – O que daria melhor
suporte a um filme mudo do que uma grande trilha sonora e é com maestria que Ludovic Bource criou
uma grande trilha para um grande filme. Vitória certa já que levou o BAFTA, o Critc’s
Choice Award e o Globo de Ouro da categoria.
· Melhor Música: Siedah Garrett, Sergio Mendes e Carlinhos Brown por “Rio”
·
Melhor Figurino: Mark Bridges por “O
Artista”
·
Melhor Edição: Anne-Sophie Bion e Michel Hazanavicius
por “O Artista”
· Melhor Edição de Som: Richard Hymns e Gary Rydstrom por “Cavalo
de Guerra”
· Melhor Mixagem de Som: Tom Fleischman e John Midgley por “A
Invenção de Hugo Cabret”
· Melhor Maquiagem: Mark Coulier e J. Roy Helland por “A
Dama de Ferro”
· Melhores Efeitos Especiais: Robert Legato, Joss Williams, Ben Grossmann, Alex Henning por “A
Invenção de Hugo Cabret”
Resultado final:
6 OSCARS
3 OSCARS
2 OSCARS
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