Entra
em quadra. O frio na barriga e a mão suada são necessários, mostra que ainda se
importa. Agora não é mais algo seu, não é particular, ele é o grupo, ele é o
time.
Sete
contra sete, os olhos mostram a gana de vencedor, um simples encarar reflete a
rivalidade do jogo.
Começa.
Primeiro, antes da verdadeira batalha, existem os abraços e apertos de mãos,
cordialidades constantes em um esporte onde a amizade é tão mais comum, mas
quando aquele apito soa e ecoa, as faces mudam, tudo muda. A vontade de vencer
é superior.
O
jogo é rápido e flui naturalmente. Com passes ágeis, olhos focados e cabeça
sempre pensando, notam-se verdadeiros enxadristas dispostos a usar toda força
mental e física para vencer.
O
trabalho de bola é a beleza do jogo. Passe, passes, fintas, tiradas de braço,
comemora-se o gol. Não importa tamanho, origem ou cor, nesse esporte
democrático, todos têm seu espaço. Velocidade, habilidade ou força, impulsão
vertical ou horizontal, cada jogador é uma peça importante independente de qual
seja sua característica marcante, todos se complementam.
O
placar aperta, o jogo é disputado. Quando a dificuldade aparece é quando surgem
os verdadeiros bons jogadores. O nervosismo é inevitável, mas a experiência e a
confiança falam mais alto. As partidas são sempre duras, os times são igualmente
fortes. Vence aquele que está mais concentrado, o jogador pensante, que deixa o
impulso de lado e que o nervosismo já não atrapalha, é tão natural que o ajuda.
Vitória.
Esquecem-se nomes ou apelidos. O grupo é o vencedor. O esporte da arte com as
mãos, da mistura da leveza, da habilidade e da força, substantivos tão
diferentes mas, aqui, tão complementares, realmente ensina. Adrenalina
viciante, quando se olha pra trás, não se vê vida sem esse H-esporte... É, vá
por mim.
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