quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Handebol


Entra em quadra. O frio na barriga e a mão suada são necessários, mostra que ainda se importa. Agora não é mais algo seu, não é particular, ele é o grupo, ele é o time.
Sete contra sete, os olhos mostram a gana de vencedor, um simples encarar reflete a rivalidade do jogo.
Começa. Primeiro, antes da verdadeira batalha, existem os abraços e apertos de mãos, cordialidades constantes em um esporte onde a amizade é tão mais comum, mas quando aquele apito soa e ecoa, as faces mudam, tudo muda. A vontade de vencer é superior.
O jogo é rápido e flui naturalmente. Com passes ágeis, olhos focados e cabeça sempre pensando, notam-se verdadeiros enxadristas dispostos a usar toda força mental e física para vencer.
O trabalho de bola é a beleza do jogo. Passe, passes, fintas, tiradas de braço, comemora-se o gol. Não importa tamanho, origem ou cor, nesse esporte democrático, todos têm seu espaço. Velocidade, habilidade ou força, impulsão vertical ou horizontal, cada jogador é uma peça importante independente de qual seja sua característica marcante, todos se complementam.



O placar aperta, o jogo é disputado.  Quando a dificuldade aparece é quando surgem os verdadeiros bons jogadores. O nervosismo é inevitável, mas a experiência e a confiança falam mais alto. As partidas são sempre duras, os times são igualmente fortes. Vence aquele que está mais concentrado, o jogador pensante, que deixa o impulso de lado e que o nervosismo já não atrapalha, é tão natural que o ajuda.
Vitória. Esquecem-se nomes ou apelidos. O grupo é o vencedor. O esporte da arte com as mãos, da mistura da leveza, da habilidade e da força, substantivos tão diferentes mas, aqui, tão complementares, realmente ensina. Adrenalina viciante, quando se olha pra trás, não se vê vida sem esse H-esporte... É, vá por mim.




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