O futebol, hoje, é considerado o esporte dos brasileiros, mas ele só
tomou forma no país na década de 10, com a implantação do
profissionalismo. Houve quem dissesse que ele não “pegaria”,
“Estrangeirices não entram na terra do espinho” afirmou Graciliano
Ramos. Infeliz comentário. O futebol “pegou”, cresceu e, aos trancos e
barrancos, se consolidou.
É estranho, às vezes até paradoxal, pensar que um país tão imenso é
exclusivamente dominado por um único esporte. Será porque não haja
torcedores e entusiastas nos outros esportes? Será que não revelamos
talentos que não usem chuteiras? Todas essas perguntas têm um gigante
não como resposta. Talentos é o que mais, mas a maioria deles se perde
por não darem continuidade à prática, já que não existem campeonatos
profissionais fortes. O que realmente falta é investimentos e um olhar
mais atencioso dos governantes para com o esporte em geral.
O
Brasil tem pontecial para ser uma potência olímpica, mas a sociedade
tem que mudar essa visão de que o esporte é somente entretenimento puro e
acreditar que a prática esportiva é, junto com a educação, o meio que
possibilita a mudança de um país, através da socialização e respeito ao
próximo, valores embutidos em todo jogo com bola, peteca, dardo ou quer
que seja.
É claro que há exemplos de crescimento em muitas modalidades, como o
fortalecimento da Superliga de Vôlei e do NBB (Novo Basquete Brasil),
campeonatos que estão se consolidando, mas ainda pecam pela pequena
abrangência territorial. Já houve momentos piores na história do esporte
brasileiro e esperamos que o futuro tragam, junto com as Olimpíadas no
Rio, uma plena satisfação de todo brasileiro com o esporte, pois ele é
mais que um simples hobby, é o caminho para a mudança, é um estilo de
vida.Obs: Um post que fiz um tempo atrás mas que gostei do resultado. Repostando nesse blog.
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